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"Foram escritas muitas mentiras em relação a minha saída do Schalke 04"


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Confira a entrevista de Max Meyer ao jornal esporito Sport1:


“fSport1: Senhor Meyer, como você observa este ano e meio em Inglaterra?


Max Meyer: Foi uma época bastante agitada. Eu cresci na Região do Ruhr, onde passei toda a minha vida até 2018, sempre vivi no mesmo ambiente. Com 22 anos, ir para uma metrópole como Londres, é um grande passo e é tudo menos fácil. No clube, ninguém fala alemão e no inicio estava completamente entregue a mim mesmo. Eu tive de aprender a língua o mais rápido possível.


Sport1: Sentiu algum nervosismo em relação ao novo mundo?


Max Meyer: Nem por isso. No entanto, só me caiu a ficha quando cheguei a Londres. Era um mundo completamente novo com muitos desafios. Quando me mudei para Londres, o meu inglês não era assim tão bom. Eu tive os meus problemas com isso, ninguém me entendia e eu tive que esforçar bastante. Agora falo o idioma tão bem como o alemão (risos).


Sport1: Esta é a sua primeira entrevista, desde que você deixou a Alemanha. Porque, você não tinha mais nenhuma vontade de falar para a mídia?


Max Meyer: Não, não tinha. Eu apenas queria sossego. Se escreveu muitas falsidades em relação à minha saída do Schalke. No Crystal Palace tudo é mais tranquilo, no Schalke a pressão vai até ao limite, onde os jogadores eram observados diariamente. Estavam sempre muitos jornalistas e torcedores nos treinos. No Crystal Palace estamos completamente isolados. Os treinos são à porta fechada. No entanto, também sinto falta do contato com os torcedores que sempre foram importantes para mim. No Schalke, me pediam sempre autógrafos e para tirar fotos, e davam igualmente um feedback sobre as minhas exibições. Nos primeiros tempos no novo clube foi uma grande mudança e eu precisei de assimilar tudo. Agora estou preparado para conceder uma entrevista.


Sport1: Até que ponto é também um alívio você poder esclarecer muita coisa?


Max Meyer: Posso dizer que a minha saída não foi tão tensa como muitos descrevem. Eu continuo a assistir jogos do Schalke e torço pelo sucesso do clube. Não tenho qualquer ressentimento com o Schalke 04.


Sport 1: A sua opção pelo Crystal Palace deixou as pessoas surpresas. Porque assinou por esse time?


Max Meyer: É uma visão típica alemã, em relação a estes clubes. Se os jornalistas daqui entendessem o contexto tanto do time como da liga, iriam ver as coisas de outro jeito. A Bundesliga não é muito acompanhada por aqui, onde só a Premier League interessa. Se eu disser que joguei no Schalke 04, as pessoas aqui não sabem e nem conhecem o clube. A mesma coisa se passa na Alemanha, em relação ao Crystal Palace. Naturalmente que na Premier League todos sonham com os grandes como o Liverpool ou Manchester United, mas o Crystal Palace foi a melhor oportunidade para me mudar para esta Liga. Desde então, joguei cerca de 50 jogos na melhor Liga do Mundo. Ainda me posso desenvolver ainda mais.


Sport 1: Como?


Max Meyer: Eu cresci enquanto pessoa. Novo idioma, novo clube, novo ambiente. O time tem uma enorme qualidade, não foi por acaso que já conquistamos 30 pontos na Premier League, nesta temporada. Com uma enorme intensidade nos treinos e nos jogos. Mesmo quando não jogo, estou sempre a aprender até nos momentos negativos.

Sport 1: Em alguma imprensa foi possível se ler, que você já não tem espaço nas opções do técnico. Pode explicar?

Max Meyer: Isso está na imprensa alemã e isso não me interessa. No futebol tudo muda diariamente, mas estou totalmente comprometido com o clube, continuo a ter o apoio dos torcedores, como de todo time. Naturalmente não tenho jogado sempre, mas eu me sinto valorizado no clube. Se assim não fosse, os responsáveis do clube teriam me dito para eu sair.


Sport 1: Você normalmente joga como nº6, nº8 ou nº 10, mas ultimamente tem sido utilizado como ponta direita. Isso lhe enerva?


Max Meyer: De fato, não é a minha posição favorita. Naturalmente que gosto de jogar mais pelo meio, mas ao longo da minha carreira já joguei em várias posições. No entanto, o meu grande potencial passa pelo meio-campo.


Sport 1: Vamos conversar sobre a sua saída do Schalke. Conte o que se passou afinal?


Max Meyer: Não me arrependo de nada e eu penso que não fiz nada de errado. Eu tinha avisado ao clube que queria sair no final da época 2017/18. E quando vieram as boas exibições é que o Schalke se mexeu. Até então, o clube me queria já vender no Verão, mas eu decidi ficar mais um ano. Houve negociações que se prolongaram semana após semana. Até que se tornou inevitável a saída.


Sport 1: Você está preocupado com a possibilidade de a Alemanha e em particular, Joachim Löw, se esquecerem de você.


Max Meyer: Seria mau, se eu não fosse observado na Alemanha. Mas como eu jogo na melhor Liga da Europa, com boas exibições posso voltar para a ribalta. Tudo depende de mim para voltar a ser sondado pelos melhores motivos.

Sport 1: Você pensa num possível regresso na Bundesliga?


Max Meyer: Eu tenho mais um ano e meio de contrato e continuarei a jogar no Crystal Palace pelo menos até o próximo Verão. Eu me sinto muito bem aqui. Mas não fecho naturalmente as portas, e um possível regresso à Bundesliga pode ser posto de novo em cima da mesa. No entanto, o meu foco continua aqui em Inglaterra, me divirto imenso na Premier League e não penso em sair neste momento.


Sport 1: A Premier League mudou você?


Max Meyer: A atmosfera na Alemanha é melhor. Os torcedores lá são mais entusiasmados, e tem ainda os movimentos “ultras”. O futebol na Premier League é mais intenso e atrativo para os torcedores. Aqui tem seis times que são de topo e têm no elenco superestrelas, mas restantes correm por trás de forma muito intensa. No entanto, eu sinto falta dos ambientes protagonizados pelos movimentos “ultra” na Alemanha. É sempre especial os torcedores continuam a te apoiar até nos treinos. Os “ultras” são criticados por vezes, mas em Gelsenkirchen eles estavam sempre conosco inclusive nos momentos difíceis. Eu sinto falta da proximidade com os torcedores. Nós também temos aqui um ambiente especial no estádio, mas o contato direto com os torcedores se dá com menor frequência. O que no Schalke por vezes, era demasiado.


Sport 1: O que faz Max Meyer, especial?


Max Meyer: É difícil dizer. Eu não me sinto especial. Naturalmente que existe abertamente um certo ressentimento em relação à minha saída do Schalke, mas isso não me faz especial. Eu sou um jovem com os pés bem assentes no chão e as pessoas que convivem comigo podem confirmar. Eu não me acho superior, só por ser jogador de futebol

 
 
 

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