Brasil na base - O brasileiro da Knappenschmiede que busca uma chance no profissional do S04

Na última quinta-feira (03), o RevierSport - tabloide alemão especializado na cobertura das equipes esportivas do Vale do Ruhr - publicou uma entrevista inédita com o brasileiro da base do Schalke, o ponta Leonardo Scienza. Com 8 gols marcados e 12 assistências concedidas em 43 jogos disputados, Leo chegou a0 clube em setembro de 2020. Antes, já havia passado por Lajeadense-RS, Defensor Sporting (URU) e Fanna BK (SUE). Por questoes familiares, o atleta possui dupla nacionalidade, brasileira e luxemburguesa. Confira abaixo a entrevista traduzida na íntegra, onde o gaúcho de 23 anos falou um pouco sobre seu momento atual no sub-23, a vida na Alemanha, relação com o time profissional e expectativas para o futuro.

Reprodução: Internet

Leo, você já marcou três gols desde as férias de inverno, coisa que não acontecia com tanta frequência antes. De onde vem esse atual apetite mais goleador?

Se você olhar para os jogos, já criei boas e perigosas chances antes e dei aos meus companheiros um total de oito assistências. Me sinto mais confiante agora. Jogamos melhor juntos como equipe e isso permite que cada indivíduo melhore ainda mais.

Como você avalia a vida na Alemanha e, especialmente, em Gelsenkirchen?

Eu realmente gosto daqui. Eu venho do sul do Brasil, uma parte onde vimos muita colonização alemã. Portanto, alguns costumes e, principalmente, a culinária, são muito semelhantes. A qualidade de vida em Gelsenkirchen é muito boa e tenho pessoas muito boas ao meu redor aqui - especialmente no Schalke. Sou muito grato por isso.

Você também possui um passaporte de Luxemburgo. Já imaginou jogar pela seleção de lá - e se sim, já fez contato?

A federação entrou em contato com meu agente mas, de acordo com as regras da FIFA, não posso jogar para eles no momento. Mas por que não para a seleção brasileira? (risos). Mas eu sei que é mais difícil. Se você sonha grande e trabalha muito, acaba por possuir mais chances de alcançar seus objetivos.

Antes de ingressar no Schalke, você jogou no Brasil, no Uruguai e na Suécia. Como você avalia essas experiências?

Não foi fácil para mim. Passei por um momento difícil, principalmente na Suécia, mas valeu a pena. Aprendi, cresci e Deus me deu a oportunidade de jogar em um grande clube hoje.

Nos últimos meses, muitos jogadores passaram do sub-23 do Schalke para os profissionais. O que você acha que pode estar por trás do fato de ainda não ter conseguido uma chance por lá?

No ano passado, treinei muitas vezes com a equipe principal. Infelizmente, quando a oportunidade apareceu, tive um pouco de azar, precisei fazer uma cirurgia na virilha e fazer uma pausa de dois meses. Depois disso só me concentrei no meu retorno e nem quis voltar para o Brasil nas férias. Fiquei aqui e treinei sempre que possível para estar apto para o início da nova temporada - e aqui estamos agora.

Como é a sua relação com o técnico do profissional, Dimitrios Grammozis?

Quando tive a chance de treinar com o time profissional, tive contato com ele. Ele me ajudou com palavras de incentivo a continuar fazendo meu trabalho cada vez melhor.

Seu contrato termina no verão (junho). Você já decidiu o que irá fazer? Pretende continuar jogando pelo Schalke II?

O futuro pertence a Deus. Opções interessantes chegaram ao meu agente. No entanto, discuti com ele que quero continuar trabalhando duro aqui para continuar melhorando no Schalke. Meu objetivo pessoal é jogar na equipe principal.

Quais objetivos você ainda almeja conquistar para o resto desta temporada - não só com o Schalke, mas também pessoalmente?

Para o resto da temporada, nosso objetivo é continuar trabalhando bem juntos na liga regional para que cada jogador possa melhorar e acumular o máximo de pontos possível para o time até o final da temporada. Pessoalmente, gostaria de estrear no time principal e depois ser efetivado no elenco profissional.

Qual é o seu objetivo de longo prazo na carreira futebolística?

Gostaria de continuar jogando pelo Schalke porque aprendi a amar esse clube. Recebi a chance da vida e seria um sonho jogar na Veltins-Arena cheia de torcedores. Vou continuar trabalhando duro para que isso se torne possível e aconteça.

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