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A gloriosa carreira do artilheiro Klaus Fischer

Atualizado: 9 de mar. de 2024

Conhecido como o “Senhor gol de bicicleta”, Fischer ficou onze anos nos azuis reais, onde conquistou uma Copa da Alemanha



Em 1970, logo após o Brasil ser tricampeão mundial, aparecia em Gelsenkirchen um jovem que viria a ser o maior artilheiro da história dos azuis reais, Klaus Fischer. O jogador que se tornaria uma lenda do Schalke 04, tinha apenas 20 anos quando chegou do Munique 1860. Nascido em Kreuzstrassl, cidade com 500 habitantes na fronteira com a Tchéquia, foi adorado pelos azuis reais por seus gols e ficou famoso por seus golaços de bicicletas, uma delas inesquecível.


Crescendo nas escolinhas de base do SC Zwiesel, 5 km da cidade natal, foi para Monchengladbach aos 18 anos para testes, mas não foi compreendido pelo dialeto bávaro, sendo dispensado também pela fragilidade física. Tendo um trabalho paralelo ao clube de sua cidade, como assoprador de vidro, Fischer conseguiu se profissionalizar ao ir para o Munique 1860, clube do qual assinou por dois anos.


Ao marcar 30 gols em duas épocas pelo time da Baviera em seus primeiros anos como profissional, Fischer foi contratado pelo Schalke com o rebaixamento do campeão de 1966. Ao mesmo tempo, assinou para continuar jogando pelo Munique 1860, mas foi multado e obrigado pela DFB a jogar pelos azuis reais. No time do Vale do Ruhr, fez 15 gols em 34 jogos na primeira temporada.


A época 1971/1972 seria o ponto alto de Fischer no quesito títulos (e quase título). O time começou bem o campeonato com 13 vitórias em 17 rodadas, vencendo o Bayern de Munique antes da pausa de inverno. Contudo, foi ultrapassado pelos bávaros, chegando um ponto atrás na derradeira rodada que proporcionou uma final contra o time de Franz Beckenbauer, Paul Breitner e Gerd Müller. Resultado: 5 a 1. Fischer terminou o campeonato com 22 gols, sendo vice-artilheiro, 18 gols a menos que Müller.


Ao menos, na Copa da Alemanha, o Schalke superou Hertha Berlim, Fortuna Dusseldorf e Borussia Monchengladbach sem derrotas. Até perder para o Colônia por 4 a 1 na semifinal. No lotado estádio Glückauf-Kampfbahn, Fischer fez um dos 5 gols na vitória por 5 a 2, que levou o jogo aos pênaltis. Nas penalidades, a vingança pela derrota na mesma fase da edição passada foi sentenciada. Na final contra o Kaiserslautern, Fischer não deixou de marcar o seu na vitória por 5 a 0 e levantou a taça junto de Libuda, Kremers, Russmann e Fichtel.


Klaus Fischer na Alemanha

Sendo um dos jogadores envolvidos para vender uma partida (junto a outros clubes) para que o Arminia Bielefeld não fosse rebaixado, Fischer foi inicialmente banido do futebol, mas depois teve a pena reduzida para um ano na liga e cinco anos na seleção alemã. Isso fez com que Fischer só fosse convocado para a seleção alemã em 1977 – estreou marcando dois gols contra a Irlanda do Norte e assinalou um contra o Brasil, em 1977. Em 1978, jogou a Copa do Mundo e deixou um tento na única vitória alemã ocidental em seis jogos no torneio.



Ainda pela seleção alemã, esteve ausente no título alemão da Euro de 1980 por lesão na tíbia e começou como suplente em 1982, na Copa da Espanha. Quando foi titular, já no segundo jogo do Grupo B, marcou o segundo gol na vitória por 2 a 1 sobre o anfitrião. Fez mais um contra a França na semifinal e teve seu último jogo pela seleção alemã na final perdida para a Itália. Fez 32 gols em 45 aparições. Nesta altura da carreira, Fischer já jogava no Colônia.


Klaus Fischer no Schalke 04

A passagem de Fischer pelos azuis reais, durou de 1970 a 1981. Após a pena sofrida, marcou 38 gols em duas temporadas. Em 1976/1977, o Schalke voltou a disputar o título, também pelos muitos gols de Fischer, que foi artilheiro da Bundesliga com 29 gols. Na temporada 1976/1977, o time goleou o Bayern por 7 a 0 com quatro gols de Fischer.


Entretanto, mais uma vez a equipe seria o algoz do título alemão do Schalke 04 na última rodada. Jogando em casa, ganhar do Borussia Monchengladbach daria o título ao Schalke, que venceu no Parkstadion o Borussia Dortmund por 4 a 2. Contudo, o Bayern sofreu o empate no último minuto do Monchengladbach, que ficou com o título e tirou a glória dos azuis reais, além da coroação da grande passagem de Klaus Fischer no Schalke 04, que marcou 30 gols naquela época.


As temporadas seguintes não foram as mesmas para os azuis reais, mas Fischer seguiu fazendo gols. Foram 20 e 21 gols nas temporadas 1977/1978 e 1978/1979, respectivamente. Em uma fase já não tão boa do clube fora de campo, foram apenas 7 gols na época seguinte. Fischer pouco pode ajudar o time no descenço para a segunda divisão em 1980/1981. Ainda assim, Klaus Fischer saiu do clube como maior artilheiro da história do Schalke 04 com 226 gols, cem a mais que o segundo colocado, Klaas-Jan Huntelaar.



Com problemas financeiros e na Bundesliga 2, o Schalke não poderia manter Fischer que seguiu para o Colônia. Por lá, atuou três épocas, não alcançando a marca de 20 gols em nenhuma delas como nas épocas de Schalke, embora já tivesse 32 anos. Conseguiu seu segundo e último título da carreira, outra DFB Pokal em 1982/1983. Partiu para o Bochum, onde jogou por quatro temporadas, até os 38 anos. Com 286 gols marcados, é o terceiro maior artilheiro da história da Bundesliga, atrás de Gerd Muller e Robert Lewandowski.


“Mr. Bicycle Kick”

Foi em 16 de novembro de 1977 que Fischer deu um de seus mais belos chutes de bicicleta para levantar a torcida alemã em êxtase ao comemorar um dos mais difíceis e belos gols no futebol. Ocorreu na vitória por 4 a 1 sobre a Suíça. O golaço pela seleção o fez querido também por outros clubes. Repetiu a proeza na partida contra a França em 1982, embora sem a mesma plasticidade. Com 66 anos, repetiu o gesto em um programa de televisão.



Não somente pelos gols de bicicleta que Fischer foi premiado com seis gols do mês. Mas pelo gol contra a Suíça, foi nomeado gol do ano de 1977, gol da década e “gol do século”. Uma bicicleta perfeita. Fischer foi apenas uma vez expulso na carreira e com poucas advertências por cartão amarelo. Faz parte do melhor time de todos os tempos do Schalke 04, sendo o mais votado pelos torcedores do clube. Foi brevemente técnico interino do clube, sendo antes treinador adjunto e depois, treinador do segundo time dos azuis reais.


Lembrado na Alemanha pelos golaços de bicicleta e celebrado pelos torcedores do Schalke 04 pelos seus inúmeros gols, Klaus Fischer é mais um da vasta linhagem de grandes atacantes alemães. O maior e melhor da era moderna do nosso Schalke 04. Hoje, Fischer vive tranquilamente na pacata Zwiesel, onde treinou na base.



Klaus Fischer com a camisa do Schalke 04

Jogos pelo Schalke 04: 344

Jogos na Bundesliga: 295

4º jogador que mais atuou pelo Schalke 04


Gols pelo Schalke 04: 286

Gols na Bundesliga pelo Schalke 04: 182

1º jogador na artilharia histórica do Schalke 04


Títulos: Copa da Alemanha (71/72, Schalke 04 e 82/83, Colônia)

 
 
 

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